sábado, agosto 01, 2015

Nos 50 anos de Sam Mendes

Recentemente, Sam Mendes anunciou que, depois de Skyfall (2012) e Spectre — 24º título oficial de James Bond a estrear em Novembro (Portugal: dia 5) —, não dirigirá mais nenhum filme de 007. Moralismos à parte, há um misto de lógica e sabedoria em tal decisão. De facto, com resultados mais ou menos interessantes, Bond será sempre uma franchise que não pode integrar as singularidades de um criador como Mendes.
Estamos a falar, afinal, do encenador do West End (lembremos o seu admirável revival de Company, de Stephen Sondheim, em 1995) que, nomeadamente como director da Donmar Warehouse, se distinguiu pelo misto de classicismo e experimentalismo das suas encenações, depois impondo-se no espaço de Hollywood através de filmes como Beleza Americana (1999) ou esse objecto genial, tão mal conhecido, que é Revolutionary Road (2008).
Mesmo aguardando com curiosidade as proezas de Spectre, é bom saber que Mendes regressará às suas origens — saudemos o seu talento, inteligência e versatilidade, hoje, 1 de Agosto, dia do seu 50º aniversário.